11 novembro 2014

Falácias para iniciantes

Um livro eletrônico gratuito ilustrado com as falácias mais comuns acaba de ser traduzido para o português. Trata-se de "Um livro ilustrado de maus argumentos" de Ali Almossawi. A tradução é de Diego Lindner. Para quem quer aprender um pouco mais sobre lógica, retórica, argumentação e os recursos que não deveriam convencer (mas muitas vezes o fazem). O conteúdo por si só já merece atenção por expor didaticamente as falácias em que muitos incorremos na argumentação. Mas as belíssimas ilustrações e o humor das situações retratadas valem a sua leitura por professores e alunos. Pena que alguns erros de digitação tenham passado para a versão digital.

https://bookofbadarguments.com/pt-br/

04 setembro 2014

Novo livro: As mudanças científicas segundo Paul Feyerabend

Acaba de ser publicado meu primeiro livro, disponível para compras aqui.



O que motiva uma mudança no sistema conceitual de uma ciência? Que critérios devem os cientistas adotar para justificar uma escolha dentre teorias rivais? Como devemos entender a relação entre as proposições científicas e a realidade? As pretensas regras do método científico auxiliam ou impedem o desenvolvimento do conhecimento? Essas questões receberam um tratamento bastante peculiar pelo filósofo Paul Feyerabend, razão pela qual vale a pena conhecer e se aprofundar no seu pensamento. O presente livro serve ao mesmo tempo como introdução a alguns tópicos fundamentais de filosofia da ciência e como um guia para compreender o posicionamento do controverso autor de 'Contra o método'. Fruto da pesquisa de mestrado em filosofia defendida em 2011, esta obra alia o rigor acadêmico a uma linguagem clara e bastante acessível para textos do mesmo tipo.O leitor será levado a debater sobre a neutralidade da observação, sobre o realismo científico, sobre o pluralismo teórico e sobre os critérios positivistas e racionalistas de avaliação das mudanças científicas.

24 junho 2014

Voz que clama no deserto

Sempre me perguntei a razão pela qual João Batista tinha tanta importância na tradição católica. Acho que só agora me dou conta da força daquele sujeito que vivia no deserto, mas conseguia ver as contradições da sociedade de sua época.

João Batista era um profeta, um tipo de pessoa indesejável por falar o que pensa sem entrar em joguinhos políticos, sem intenção de agradar. Eu confesso que conheci muitas pessoas assim ao longo das minhas andanças. O que mais admiro nessas pessoas semelhantes a João Batista é a coragem...Coragem de dizer o que pensa, coragem de enfrentar os poderes instituídos, as autoridades, coragem de falar o politicamente incorreto quando isso parece ser só uma manobra política, e de exigir justiça. Enfim, coragem de dar a cara a tapa, pois há um preço enorme a pagar quando se apresenta abertamente uma ideia.   

Também já li textos "perigosos" de teólogos que, sem medo de retaliação, procuraram reconduzir o cristianismo ao seu centro, criticando dogmas engessados, instituições pesadas, falta de diálogo e exclusões das mais diversas que fazem com que o cristianismo apareça para os não cristãos como uma religião danosa ao ser humano. Vi muitos desses teólogos silenciados pela igreja...

O que será que João Batista hoje falaria para os cristãos? Fiz um exercício de imaginar o conteúdo de uma pregação atual:

02 junho 2014

Progresso cientifico

Foi publicado recentemente meu artigo "Sobre a questão do progresso científico: verossimilhança ou incomensurabilidade?"  na versão impressa da revisa de filosofia Síntese, Volume 41, número 129 Jan/Abr. 2014, pp. 129-144.






No link abaixo o artigo pode ser lido na íntegra:
https://www.academia.edu/7197479/Sobre_a_questao_do_progresso_cientifico_verossimilhanca_ou_incomensurabilidade